sábado, 1 de maio de 2010


Estava pensando nele. Tentava entender o que tinha acontecido. Sabia que não deveria acontecer novamente, mas queria outra vez.

Quando foi que as nossas brincadeiras se tornaram realidade? Eu não sabia dizer. Entorpecida por um beijo há alguns minuto, eu me encontrava numa confusão de pensamentos. De alguma forma inexplicável, surgiu em mim um desejo de tê-lo. Logo eu, que sempre soube distinguir perfeitamente brincadeira de realidade. Agora eu estava confusa. Até mais do que há uns dois dias quando eu descobri que o desejava.

Foi num abraço inesperado que eu senti que para mim, não soava como amizade. Se dependesse da minha vontade, não o largaria. Um abraço apertado, firme, onde eu podia sentir cada pedaço de seu corpo encostado ao meu. Como assim? Eu me perguntava a cada segundo. Para mim tudo mudou ali. Fui embora então querendo ficar. A minha mente ia na direção contraria ao meu corpo.

Desejei que o dia seguinte chegasse depressa, quem sabe assim eu não veria que tudo não passara de um mal entendido e que não havia atração nenhuma entre nós, e que tudo continuava exatamente como antes. Engano. No mesmo instante em que o vi, aquela sensação inundou-me. Esforcei-me para agir com naturalidade enquanto cada parte de mim gritava por ele. Tentei não associar aquela proximidade ao longo do dia com uma reciprocidade. Já me bastava toda a minha confusão, não precisava de uma dose de ilusão. Creio que tenha me saído bem, exceto pelos meus olhos que volta e meia tentavam se rebelar e entregar o jogo. Ao ir embora, porém, ele me beijou.

Instantaneamente as dúvidas recomeçaram a me atormentar. Será que significou para ele o mesmo que para mim?

Volto a minha confusão, mas agora com duas certezas: A primeira é que eu o quero, e a segunda, é que não posso. Eu sei exatamente as consequências que isso vai me trazer. Sinto medo na mesma intensidade que sinto vontade.

E agora, você que me colocou nessa enrascada, o que eu faço? O que eu devo ou o que eu quero?

A resposta sempre me vem à cabeça, já que eu nunca fui muito ligada a pensar com a razão mesmo. Mas eu preciso que você me diga.

Até onde você quer chegar?

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