terça-feira, 9 de fevereiro de 2010


O amor sempre foi algo muito presente em minha vida. Dizer que amava tal garoto que eu achasse bonito era banal. Pensava que o amor se resumisse a beleza, ou a uma boa ficada. Dizia "Eu te amo" aos quatro ventos. E foi então que sublime como uma brisa e avassalador como um furacão o amor chegou em mim. Não era nada parecido com o que eu julgava ser. Não era como nos livros e filmes, aquela coisa tranquila, linda e ausente de problemas. É um novo mundo, repleto de erros e acertos, sorrisos e lágrimas. Uma mistura de excitação, ansiedade, e sede. Sede da pessoa amada, vontade de tê-la por 24 horas, e mais até, se fosse possível. Eu nunca tinha vivido nada nem ao menos parecido. Eu podia me sentir envolvida por suas belas palavras, feliz com suas surpresas. Entre nós dois era possível sentir o amor a flutuar, e a nos enlaçar de um modo de que nunca mais conseguíssemos nos separar. O que na verdade, não se passava na cabeça de nenhum dos dois. Quem se atreveria a voltar ao mundo real, enquanto apenas o nosso mundo bastava? Foi então que eu pude ver que amar independe da opinião dos outros, é uma coisa única que só você pode sentir, só você pode tomar as decisões mais certas. É impossível agir racionalmente quando se está amando. Você é capaz das coisas mais loucas, mais desafiadoras. Não há limites no seu mundo novo. Você é quem dita as regras. Nada é grande demais quando se há um amor muito maior. Ao contrário do que dizem por aí, o coração não é traiçoeiro, ele sim, toma as melhores decisões. A razão só te leva a lugares previsíveis, enquanto o coração te abre portas indecifráveis.

Amor de verdade não é facilmente substituído por aquele rostinho mais bonito que aparece. Ele nos deixa sem escolhas. Amor de verdade perdura por infinitos erros, e sabe perdoar. Ele resiste a tempestades, e se transforma em sorriso ao encontro da pessoa amada. Não importa, tudo tem solução. E o mais importante: ele resiste à barreira do tempo. Podem se passar anos e anos, ele continua vivo, gritando, esperando que alguém o dê ouvidos, para então, realizar a sua mágica. E eu que achava que já sabia de tudo me vejo infinitamente pequena diante da grandiosidade desse sentimento.